Tuesday, March 3, 2009

Finalmente.



U2- No Line On The Horizon

"If this isn´t our best record, then we´re irrelevant" Bono dixit antes de sair o novo No Line on the Horizon. Não Bono, não é o melhor disco dos U2 e não, os U2 nunca serão irrelevantes. Mas descansa que é o melhor U2 desde Achtung Baby sem sombra de
dúvidas. Vá lá, desde Zooropa.

Primeiro as fraquezas:

-Get on your boots: Embora com um riff potente não deixa de ser uma espécie de Vertigo de segunda categoria e que cai no meio do album não se sabe muito bem como. Péssima (mas previsível) escolha para single.

-I´ll go crazy if I don´t go crazy tonight: É U2 "How to dismantle an Atomic Bomb", City of Blinding Lights Style. Clássico mas pouco entusiasmante.

-White as Snow: Desinspirada interpretação de um tema tradicional, faz lembrar o dengoso "The hands that built America".

E felizmente chega. Virtudes:

-No Line on the Horizon: Reeinvenção U2 fazendo lembrar uns My Bloody Valentine com Brian Eno aos comandos. Mostra também que Larry Mullen até sabe fazer Paradiddles. Uau.

-Breathe: Bono a disparar como Bob Dylan, The Edge a riffar como Jimmy Page. Grande Refrão, grande Solo de guitarra, cordas á Beatles, who could ask for more?

-Unknown Caller: Brian Eno está lá sim. E as ordens que aqui se gritam no refrão vêem direitinhas dele. Grande baixo de Clayton. Aliás, Adam Clayton espanta neste disco.

-Moment of Surrender: Gospel e mais Gospel. Uma espécie de "So Cruel" mas para melhor no tema mais longo que os U2 alguma vez editaram com uma estrutura complexa mas interessantíssima. E outro grande baixo de Clayton. Danny Lanois anda muito por cá também.

-Magnificient: É U2 velha guarda. Guitarra Coca-Cola de The Edge, Larry Mullen nas semi-colcheias nos choques, Adam Clayton nas Colcheias e Bono a cantar sobre...Love, que mais?

-Cedars of Lebanon: Bono como correspondente de guerra num tema negro e calmo com Eno a dar o mote no suposto refrão. O tema mais Passengers do disco. Aliás,a presença de Eno faz-se sentir por todo o disco, mais que a de Daniel Lanois.

-Stand up Comedy: The Edge a dar uma de Jimmy Page. Fantástica ponte. Lembra os bons momentos dos Oasis por vezes.

-FEZ-Being Born: Cresce com as audições. Ele é colagens de Brian Eno, manipulação eléctronica e quando menos se espera transforma-se em Being Born. Tensão, noise, efeitos, Bono a planar, frases de Eno, teclados esvoaçantes very good indeed!
Nota ainda para a qualidade das letras de Bono depois da desilusão em All That you can´t leave behind.
Boa rapazes, can´t wait to see this little bastard live!

No comments: