Sacrilégio

O(a) Blitz deste mês traz na capa Ian Curtis, defunto vocalista dos extintos Joy Division, a propósito do filme que Anton Corbijn vai realizar sobre a sua vida. Por certo não vou perder. Que os Joy Division têm o seu lugar na história da música Pop-Rock Anglo-Saxónica é indubitável. Mas aqui vai sacrilégio: Sempre achei os Joy Division um bocado "overrated". Explico: a crítica no geral inflaciona quanto á qualidade da sua música. Ás vezes parece que o "selo" Joy Division tem mais relevância do que a música que a banda criou,como se de um mito intocável se tratasse. Têm uma mão cheia de grandes temas é certo. Influenciaram e continuam a influenciar um Zilião de bandas é certo. Mas...situados no mesmo contexto opto sem pestanejar por uns Echo and the Bunnymen, uns Wire ou uns The Sound. Podem começar a atirar pedras.

E Brilha...

Este fim de semana voltei a pegar no Shine do Daniel Lanois. Para os mais desatentos o produtor de discos de gente tão ilustre como Bob Dylan,U2 e Emmylou Harris. Comprei-o há 3 anos quando saíu e volto sempre a ele quando o calor começa a perder a timidez. Destaco Shine, Sometimes e I love you mas não há nenhum tema abaixo do excelente. Para um fim de tarde quente acompanhado por cerveja fresca não muito alcoólica. Para não entorpecer demasiado os sentidos que esta música merece-os em condições.

Zappa

A meio de uma entevista em 1980 disse Frank Zappa: "Jornalismo musical são pessoas que não sabem escrever, a entrevistar pessoas que não sabem falar, para pessoas que não sabem ler". Na Mouche.

Zen

Nas minhas deambulações á procura do Sushi perfeito vim parar ao Zen House em Matosinhos,mesmo ali á beira da rotunda que tem aquela coisa que uns chamam anémona e outros rede de pesca. A surpresa não podia ser maior. Além do excelente Sushi, a atracção maior está na forma como o Cozinheiro adequadamente trajado (Karate Kid anyone?) confecciona os grelhados Japoneses mesmo nas nossas barbas. Sentem-se ao balcão virados para o palco (a grelha) deste senhor. A isto chama-se talento e noção de espectáculo.

Não gosto

...da forma autoritária como os Arrumadores (sim,com letra grande...é uma profissão) se posicionam estratégicamente em frente dos automóveis em andamento e nos obrigam a estacionar onde bem entendem. Mesmo quando NÃO queremos estacionar. Mais um motivo para irmos a pé para o trabalho, que eu saiba eles ainda não "arquivam" os transuentes.

Next big thing

Quando a imprensa musical (particularmente a inglesa,mas por cá também já pegou) necessita de um novo "hype", uma nova moda, uma banda que em premonição auguram vender um zilião de discos e encher as páginas dos tablóides chamam-lhe a "Next big thing". Em tradução livre: " A próxima banda do caraças ".
A propósito disto já dizia John Lennon : " A Next Big Thing é sempre uma grande canção ". Leiam nas entrelinhas. Assino por baixo.

LOBO

Para aqueles que não sabiam o LOBO já uiva no Myspace. Têem lá quatro canções orgulhosamente gravadas na sala de ensaio com muita paciência e aumentos de diopetrias deste vosso anfitrião. São simples,pouco lapidadas,sujas e até pouco homogéneas entre si mas desde a concepção á interpretação, totalmente Roquenrole. Porque não há nada como o primeiro take. Representam um momento na vida desta criatura que se quer um dia graúda mas para já ainda é alimentada a biberão. Podem ouvi-lo aqui.

Gosto

...de andar a pé. E descobrir aqueles recantos e pormenores nas ruas da Invicta que só caminhando descobrimos. Mesmo que por eles tenhamos passado milhares de vezes.

Cedi

Cedi á Blogosfera...Pronto. Não resisti.
Neste blogue falar-se-á de tudo o que me faz sinapses. Mas maioritariamente de tudo que tenha um som do caraças e que abra o apetite. Pois destes dois assuntos meus amigos, percebo eu...Até já.