Monday, November 24, 2008

Paddy McAloon é um génio

Anywhere that you go, I'm going to be the welcome there for you
Everywhere that you go - be certain that the table's set for two !
Maybe you'll learn - there's nowhere you can go
Baby you'll turn - as white, as white as snow

This ghost is here to stay
I survived the blast
Get Ready, get ready to pay
I'm taking you at last -
A prisoner of the past

This ghost is here to stay
He survived the blast
Get ready, get ready to say
I've found my niche at last -
A prisoner of the past

Prisioner of the Past - Prefab Sprout

Ela seguiu em frente, ele não. Assustadoramente belo.
É verdade, novo album dos Sprout para 2009, cá estaremos para o receber Paddy.

Monday, November 17, 2008

E se Obama fosse africano?

Publicado no Jornal Savana de Maputo
Por Mia Couto

E se Obama fosse africano?

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles.
Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada,
as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor.
Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me
atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista
sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.

Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era
apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se
reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem
permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem
dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para
Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa
feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra:
sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo
a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam
motivo para festejarmos.

Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais
diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos
comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando
nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes
africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei:
estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama
familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na
pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de
ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o
Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse
outro lado do mundo.

Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês,
Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As
questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me
perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e
se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano?
São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.

E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?

1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George
Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o
seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar
mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa,
se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em
África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné
Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí
fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de
20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando
terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.

2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um
candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer
campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões:
seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia
retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não
toleram a democracia.

3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte
dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que
fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a
descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda
está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos.
Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à
independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de
malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente".
Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá
nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer
política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.

4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é
mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu
próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos
que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as
elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um
"não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como
novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo
representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou
de nenhuma bandeira.

5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação
aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de
agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para
os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas –
tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é
um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.

6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à
mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo
negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o
perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo
expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa
mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores
africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas
dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.

Inconclusivas conclusões

Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos
de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos
capazes de construir uma dessas condições à parte.

Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não
seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que
fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.

A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos -
as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a
alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e
corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para
esta festa.

Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de
Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto
daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios
dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de
estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o
bem público.

No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os
noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre
África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África
continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada
de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses
políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns
casos. Outros, a desistência e o cinismo.

Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é
lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no
nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também
vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com
esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos
em casa alheia.

Wednesday, November 12, 2008

Pérolas perdidas no Myspace

A "Anda que está dura" do b fachada. Grande título de canção também.
Ouçam-na.

Saturday, November 8, 2008

Deejaying @ Era uma Vez no Porto

Hoje á noite vou alternar discos ali no Era uma Vez no Porto do amigo Nelson.
Como não vai ser música orientada para o Dance Floor prometo um Set cheio de coisas diferentes do que habitualmente passo.
Apareçam a partir das 23:00.

Friday, November 7, 2008

Disco do Ano -Já e sem a mínima dúvida



Glasvegas - Glasvegas

Já não ouvia um disco assim há muito tempo.Tem fio condutor, letras, conceito, intensidade, força.
Como já o disse aqui anteriormente são uns Jesus and Mary Chain encarnados por um Elvis de sotaque Escocês e com Phil Spector a produzir mas meus amigos , que canções!
O problema será eventualmente o que fazer a seguir dado o conceito ser tão forte e marcado mas depois de ouvir It´s my own cheating heart that makes me cry a volume proibitivo nada mais interessa.

(E ainda nenhuma loja no Porto o tem para venda, shame on you. Se não fosse o meu amigo Paulo da Mr Cool o que seria de mim)

Wednesday, November 5, 2008

Monday, November 3, 2008

Este Natal não gasto um tostão em Centros Comerciais

Chamem-me old-fashioned, teimoso ou inconsequente, chamem-me o que bem entenderem mas neste período Natalício e por consequência consumista que se avizinha(custa dizer isto, mas que bem preciso é) não gasto um cêntimo em Centros Comerciais.
O comércio tradicional vai ter de levar comigo a comprar as peúgas e a pedir para fazer os embrulhos com o papel que guardei do ano passado.
Sim porque a minha consciência ecológica não se deixa amolecer pelo Silent Night.

Sunday, October 26, 2008

Canção Perfeita

O primeiro single dos JAMC. Genial.
Estou a abusar com as canções perfeitas mas isto são 3 minutos de tudo o que o Rock n Roll deve(ia) ser. Barulhento, alto, e com uma melodia que não desgruda por cima.



Upside Down - The Jesus and Mary Chain

Saturday, October 25, 2008

Este disco é do caraças



Catherine Wheel - Adam and Eve

Sim, descobri tarde os Catherine Wheel mas mais vale tarde que nunca. ( e sim, anda por lá o órgão de Tim Friese-Greene para variar)

Saturday, October 18, 2008

Canção Perfeita

Caíram-lhe em cima quando em meados dos 90 se rendeu aos Breaks do Drum 'n Bass.
Tratando-se do camaleão Bowie estavam á espera do quê? Este sempre quis que a sua música soasse contemporânea.
Por mim, desde que no processo escreva canções como esta, estará sempre perdoado.



Little Wonder - David Bowie

Sim porque as canções perfeitas não têm de ter baixo volume.

Friday, October 17, 2008

Estes gajos estragam-nos com promoções



As grandes instituições comerciais estão cada vez mais amigas do consumidor final (sim, nós). Ele é os bancos, linhas de crédito, empresas de Telecomunicações, grandes superfícies, todos prometem mundos e fundos para transformar a insegurança económica que vivemos num paraíso de facilidades.
Uma Secretária Wengé anyone?

Friday, October 10, 2008

Este Sábado - Deejaying @ Casa do Livro



Amanhã vou mais uma vez alternar discos na Casa do Livro. Como de costume o som vai andar pelo melhor da Pop e do Soul dos Anos 70 e 80. Talvez até me arrisque a ir pisar areias movediças dos Anos 90.
Vá lá, vocês vão andar pela Galeria de Paris e vão, porque não vir dizer olá á Casa do Livro?

PS: Poucos Posts porque a vida não tem permitido mais mas para breve novidades, promise.

Sunday, September 28, 2008

R.I.P.



Paul Newman (26/01/1925 – 26/09/2008)
Paul Newman é Hollywood. Um dos melhores (e mais cool) actores de sempre e um personal favorite.

Saturday, September 27, 2008

Rzeczpospolita Polska



"Window in The Sky" - Sobre o Atlântico



"Mamma Mia" - Karmelicka 14, Kraków



"For Sail" - Pijarska, Kraków



"Crematory I" - Auschwitz



"O Trabalho Liberta" - Auschwitz Birknau

(Nokia N95 - Carl Zeiss 2.8-5.6/ 5Megapixel)

Saturday, September 13, 2008

Isto sim, é uma capa de um disco




O Hoff, sempre o Hoff. O disco vendeu milhares de cópias e fez de David Hasselhoff uma estrela do Rock n Roll por toda a Europa. Afinal compensa...

PS: Repararam no inteligente trocadilho Knight Rider com...Night Rocker? Divinal.

Saturday, September 6, 2008

Rock in Rio?

Insisto. Não há mesmo nenhum promotor de concertos com dois dedos de testa que traga os My Bloody Valentine a Portugal?!
Trazem tanta bandinha cá que não interessa ao menino Jesus e esta pérola anda por aí perdida em Terras do Sol Nascente...
Fica o Video para aguçar (mais) o apetite.


Friday, September 5, 2008

Hoje apetece cantar

Oh My, Oh My
Have you seen the weather?
The sweet September rain
Rains on me, like no other
Until I´ve drown, until I´ve drown

in Prefab Sprout - When Love Break´s Down

Sunday, August 31, 2008

Canção Perfeita



Don´t Look Back - Lloyd Cole


Faltava cá Lloyd Cole que, para nosso bem, não sabe escrever uma má canção.

Tuesday, August 26, 2008

O Costa

Era puto e ia com os meus pais e os amigos (sempre muitos, sempre em festa) a um tasco ali no 201 da Roberto Ivens em Matosinhos. O dono era o Sr. Costa, que tinha baptizado o seu negócio dessa forma tão original e tipicamente Portuguesa, com o seu apelido pois claro.
Pois o Sr. Costa encontrava-se sempre ébrio, de palito no canto da boca, orgulhosamente ostentando o seu ventre inchado de anos e anos de verde tinto e petiscos.
Mais ao lado descansava um balcão com pipas de vinho onde parava a fina flôr de Matosinhos dos Seventies e Eighties , meninas da noite e bêbados de circunstância quem mais.
Mas a comida do Costa tinha algo que levava o gang lá vezes sem conta, aquela forma tão caseira de cozinhar e receber, como se estivessemos a comer na nossa própria casa. Histórico o Pernil Assado e as Sardinhas Assadas na Telha.
Entretanto o Sr. Costa adoeceu (vá-se lá imaginar porquê) e o tasco transformou-se em restaurante mas ainda é a sua mulher no leme da cozinha e a família a gerir o negócio.
Para quem quiser variar das sempre iguais e industriais receitas das marisqueiras de Matosinhos o costa é uma alternativa a ter em conta.

Monday, August 25, 2008

As...ramblas?

Finalmente pareçe que a movida na baixa Portuense começa a fazer-se sentir mais a sério, particularmente nas ruas Miguel Bombarda, Galeria de Paris, Cândido dos Reis e José Falcão, além do eterno Café Piolho.
A todos que já conhecemos como funciona a noite no Porto (Espaço novo abre, entra na moda, enche. Passam seis meses. Espaço já não é tão novo,sai de moda,fica as moscas) esperemos que esta têndencia muito europeia de viver as partes históricas das cidades permaneça, para o bem da decrépita baixa da Invicta.
Mas alto e pára o baile. Daí até começarem a chamar-lhe ramblas como já ouvi (as in ramblas de Barcelona) temos muito que mexer!
Que fique a vontade e pode ser que um dia lá chegaremos...hermanos.

PS: a ver também como será no rigoroso Inverno Portuense. A malta toda á chuva de copo na mão? Hhmmm...don´t think so.

Wednesday, August 20, 2008

Ganha fama e deita-te na cama

O Restaurante Campo Alegre. Não se compreende bem a fama que granjeou entre vários comensais Portuenses. Para além da qualidade da comida estar francamente má, demorar uma hora (!) a servir pratos de uma mesma mesa representa uma péssima qualidade no serviço. Urge mudar o rumo.

Tuesday, August 19, 2008

Tape Loading Error

Remember ZX Spectrum? Pois bem, este site tem um simulador com todos os joguinhos que deliciaram aqueles que conheceram este marcante computador.
Ahh, nunca julguei poder sorrir ao voltar a ouvir a irritante música do Manic Miner...

http://www.zxspectrum.net/

Monday, July 28, 2008

Sushis

Altamente aconselhada é uma visita ao Shis na Praia do Ourigo.
Fui lá passar música aqui à atrasado e encetei conversa com o Chefe António Silva Vieira, responsável pela cozinha deste inovador Restaurante ao qual ficou prometida visita para repasto.
Pois bem, recebi de prenda de anos um jantar precisamente no Shis (poucas prendas foram tão benvindas como esta) e as expectativas foram totalmente suplantadas.
O Shis serve cozinha de autor baseada em pratos tipicamente Portugueses, na cozinha mediterrânica e...Sushi! (sim, salgalhada crossed my mind)
Embora com ementa ecléctica (pareço ter tendência para tudo que é ecléctico), pode-se começar pelo Sushi, ir a um Chateaubriand de Vitela e terminar com um Gelado de Chocolate (divinal), a qualidade de cada ingrediente e o primor colocado em cada prato é de aplaudir de pé.
Para além disso o conceito não é o de um restaurante vulgar com horários de almoço e jantar e fechado o resto do dia mas sim o de servir todos os pratos disponíveis na ementa desde as onze da manhã ás duas da manhã, Non Stop. ´Bora lanchar uma Sushizada?
Claro que não há bela sem senão,senão este perfeitamente ultrapassável após os dois primeiros copos de vinho, situa-se na Praia do Ourigo, ou seja, na Foz, ou seja...



Friday, July 11, 2008

Canção Perfeita XVIII



Mark Hollis - The Colour of Spring*

PS: Não é o video oficial, este nunca existiu. Esqueçam a montagem ranhosa de fotos Primaveris (embora pelo meio tenha algumas, raras, de Hollis), fechem os olhos e deixem-se viajar.

Further Listening: Mark Hollis - Mark Hollis

Tuesday, July 8, 2008

Socorros a Naufragos Teaser

Algumas Fotos do LOBO no Boom Studio, para aguçar o apetite, Neste momento em fase de misturas, data de lançamento é ainda um ponto de interrogação.

Nota alta para o sentido estético do Pedro M. na montagem da bateria. Mothafucker...








Saturday, June 28, 2008

Decorem este nome

Glasvegas.
Uma mistura entre Elvis Presley, as produções de Phil Spector e o Psychocandy dos Jesus and Mary Chain num Cocktail regado a grandes canções.

Friday, June 27, 2008

Canção Perfeita XVII*



There is a light that never goes out - The Smiths

*Inclui um dos melhores versos da história da musica Pop:


And if a double-decker bus

Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die

And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine

Hoje sinto-me 1986

Deu-me para ouvir a big music do Once Upon a Time dos Simple Minds.


Thursday, June 26, 2008

Hoje

Hoje vou estrear-me nos pratos da Casa do Livro. Vai andar pelo melhor da Pop e do Soul dos Anos 70 e 80.
Vá, animem a vossa quinta-feira e apareçam a partir das 10:30.

Wednesday, June 25, 2008

Viva Brian Eno.

Imposível contornar o último disco dos Coldplay "Viva la Vida or Death and all his Friends".
Sim, têm andado a imitar os U2 de há uns anos para cá (desde o som da guitarra de Buckland até ás poses de Chris Martin nos concertos as semelhanças chegam a ser patéticas). Sim, o título é pretensioso á la Bono.
Não é por tudo isto de admirar que tenham escolhido para produtor do último disco o produtor de longa data dos U2 e responsável (juntamente com Danny Lanois) pela melhor música que fizeram na sua carreira, o auto-proclamado não-músico, Brian Eno.
Que os Coldplay sempre fizeram excelentes canções não é novidade nenhuma. É sim novidade que no disco em que trabalham com Eno seja o disco em que soam menos a U2 e o seu melhor disco desde Parachutes.
E andam lá todas as características que fazem um disco produzido por Eno. Os Sonic Landscapes sintetizados, as escolhas menos óbvias, o experimentalismo Q.B. ,a extravagância.
Resumindo: Arriscam e saem a ganhar. Grande disco porra.

Friday, June 20, 2008

Monday, June 16, 2008

Na Mouche

Alfredo Bruto da Costa, Ex-Ministro do Governo de Maria de Lourdes Pintasilgo e Presidente do Conselho Económico e Social em entrevista à VISÃO:

"Consome-se muito para além do que se tem e impressionam-me o chamamento e a publicidade agressiva que apelam para o recurso à dívida. E há aqui uma grande contradição: todos os anos o Banco de Portugal alerta para o aumento do sobreendividamento, mas não faz nada para combater o que dá origem a isso. Acho que esta é uma matéria que carece de urgente regulamentação."

"Com este estilo de vida, com esta economia e com esta cultura perdemos a noção dos limites! Toda a gente quer caminhar para ter um estilo de vida semelhante ao dos americanos ricos. Esquecem-se é que se todos os países fossem iguais aos EUA, seriam precisos seis planetas Terra..."

Sunday, June 15, 2008

Neste Verão

Bebam deste. É barato e das melhores coisinhas andam por aí.


Adega de Pegões - Colheita Seleccionada (Branco)

Friday, June 13, 2008

Valor Acrescentado

O investidor cinematográfico Israelita Leon Edery em entrevista ao JN:

"Como é que um país como Portugal tem o IVA a 21%? Um Governo inteligente baixava para 14. Ou não compreendem ou não entendem como se fazem negócios. Com 21% ninguém paga IVA e as pessoas com fome vão começar a roubar..."

Leon Edery para Ministro da Economia, já.

Monday, June 9, 2008

Pérolas perdidas no Myspace

A canção "Barbarella e barba rala" do Samuel Úria é um espanto. A ouvir em www.myspace.com/samueluria.

Saturday, June 7, 2008

On my Stereo



Heligoland - Pitcher, Flask & Foxy Moxie

O segundo disco de devaneios de Tim-Friese Greene a solo. A minha cópia com direito a assinatura de Frise-Greene no Sleeve e tudo, uma pérola.
(Também um dos títulos de albuns mais originais ever).

Tuesday, June 3, 2008

R.I.P.



Bo Didley (30/12/28 - 2/06/08)

Introduziu a clave no Rock´n Roll e Eric Clapton, Johnny Otis, Buddy Holly, os Rolling Stones, U2, George Michael e até o LOBO agradeceram.

Wednesday, May 21, 2008

A fina linha entre "samplar" e roubar...

...julgo que está na consciência.
Parece que esta não pesa em Timbaland.

Friday, May 16, 2008

Canção Perfeita XVI



Life´s What You Make It - Talk Talk

Sunday, May 11, 2008

Na Mouche

Diz Brian Eno para Daniel Lanois no último Filme/Disco de Daniel Lanois "Here is what is" (um assombro de disco por sinal):

"One thing that would be really interesting for your film is for people to see how beautiful things grow out of shit, because nobody ever believes that. Everybody thinks that Beethoven had his String Quartets completely in his head, they somehow appeared there formed in his head, and all he had to do was write them down so that they would be manifest to the world. But I think what's so interesting and what would really be a lesson that everybody should learn, is that things come out of nothing, things evolve out of nothing. The tiniest seed in the right situation turns into the most beautiful forest, and then the most promising seed in the wrong situation turns into nothing. And I think that this would be important for people to understand, that this gives people confidence in their own lives to know that this is how things work.

If you walk around with the idea that there are some people who are so gifted that they have these wonderful things in their heads — but you're not one of them, you are just sort of a normal person, you could never do anything like that — then you live a different kind of life. But you could have another kind of life if you say "Well, I know that things come from nothing very much, start from unpromising beginnings, and I am an unpromising beginning, and I could start something too."

Wednesday, May 7, 2008

Under the influence...

Hoje vou começar um novo Tópico de Posts onde comparo dois temas de artistas estabelecidos e mundialmente conhecidos onde vos mostro quão ténue pode ser a linha entre a influência ou...o plágio.

O original é de Tom Petty , American Girl, canção do seu album de estreia de 1976. A canção "influenciada" é o tema Last Night dos Strokes.



Sunday, May 4, 2008

Tuesday, April 29, 2008

Em 2005...

Estavamos em 2005 e os "meus" Dead Sea Israel (Progenitores do LOBO) estravam-se nas edições discográficas em nome próprio com um EP grandiosamente intitulado The "Perfect Pop Song" E.P. Sim, com aspas...
Encontrei por acaso uma entrevista que dei por essa altura ao Blog Opuskulo e a crítica feita ao E.P.
Ficam aqui ambos por curiosidade.

"Fazendo jus ao carácter abrangente e multifacetado do Opuskulo chegou a hora de conhecer uma das mais interessantes bandas nacionais da cena Rock alternativo. Falo pois dos Dead Sea Israel (ou Dead Sea, como preferem ser chamados), banda que se encontra a promover o seu EP de estreia, «The Perfect Pop Song», o qual nos oferece um conjunto de temas plenos de potencial radiofónico sem comprometer um milímetro a sua integridade artística. Falei com o vocalista, compositor e multi instrumentista Pedro Bessa acerca destes e de outros assuntos…

Para quem não vos conhece, quem são os Dead Sea Israel ?

Os Dead Sea são uma banda/colectivo de músicos que imaginei aí há uns 5 anos. Estava a escrever cada vez mais canções em casa enquanto tocava com outras bandas. Fiz parte dos Buena, Renderfly e de uma curiosa banda chamada Space Ivy. Por um lado comecei a sentir necessidade de trabalhar de uma outra forma e controlando um pouco mais o processo criativo. Até à data os Dead Sea editaram um tema (When You Walk on By) numa compilação da Borland (Your Imagination) em 2002 e um EP «The Perfect Pop Song» EP em 2005 e por lá passaram já cerca de uma dúzia de músicos, todos de mundos bastante diferentes.

E que tal as reacções a esse vosso mais recente EP «The Perfect Pop Song» ?

As reacções foram as esperadas, sinceramente. As pessoas ficaram surpreendidas com a qualidade evidenciada tanto a nível sonoro como a nível das canções o que nos possibilitou, e mesmo não tendo management nem agenciamento, receber convites para tocar nas Fnacs, Tertulia Castelense, O meu Mercedes, Hard Club, etc… O tema The “Perfect Pop Song” teve bastante airplay na Antena 3 e em programas de autor um pouco por todo o país. Começamos por baixo e devagar, precisamente o que queria. Acredito em bandas que crescem com uma carreira cujo som se desenvolva e se transforme ao longo dos anos, tal como as pessoas no fundo. Nesta altura em que há tantas bandas e todos procuram fazer o disco do ano e aparecer da noite para o dia, acredito no oposto, no crescimento como indivíduo e como músico, na procura. Acredito que vamos acabar por fazer coisas muito boas.

E acreditas na existência ou possível criação da canção Pop perfeita ?

Julgo que o interessante é o caminho a percorrer para a encontrar e não propriamente o “escrevê-la” ,mas claro que para mim há imensas canções que são perfeitas..Exemplos? O «God Only Knows» dos Beach Boys, «Stay Lady Stay» do Dylan, «To here knows when» dos My Bloody Valentine, «Last Goodbye» do Jeff Buckley, só para citar algumas…Mas eles provavelmente também não as definiriam como perfeitas…

Os Dead Sea Israle evidenciam já uma maturidade e um profissionalismo ao nível, ou mesmo acima, de bandas nacionais com maior notoriedade que se movimentam dentro do mesmo estilo. O que falta aos Dead Sea Israel para alcançar o seu espaço em termos de maior visibilidade ?

Julgo que ainda não chegou a altura, mas acredito que vai chegar. Toco desde os 16 anos, sinto-me confortável num estúdio de gravação. Somos capazes de gravar e produzir uma demo com um nível sonoro bastante aceitável. Vou agora produzir uma banda chamada SMS Riot, muito loucos..Além disso os Dead Sea sempre tiveram oportunidade de trabalhar com excelentes músicos e técnicos de som. Temos noção do que é preciso para um disco soar bem e ás vezes não é só ter bons músicos, acredita! Mas nós também não pretendemos aparecer em todos os programas de televisão, não temos perfil para isso. Gostava que a nossa música chegasse ao maior número de pessoas como é lógico e gostava de criar uma Fanbase que gostasse de nós, ficava feliz só na tentativa de não os desapontar.

Acreditam na chamada “nova música portuguesa” ? Acham que está de facto a criar-se algo de excitante no nosso país em termos musicais ?
Em todas as épocas existem “cenas” e estas duram mais ou menos o mesmo tempo, são cíclicas. O segredo está em conseguir resistir e manteres-te sempre interessante independentemente dessas “modas”, digamos. No principio dos anos oitenta existiram bandas interessantíssimas em Portugal, no fim dos anos oitenta também, os noventa idem aspas e a actualidade não foge à regra e voltou recentemente a pegar nos oitentas…os ciclos. Julgo é que agora a tecnologia ao dispor das bandas portuguesas está mais acessível e os produtos finais já têem uma qualidade bastante mais aceitável. Mas ao mesmo tempo também é possível a qualquer um editar um disco, mesmo de qualidade dúbia. E porque não, pergunto ? O publico lá estará, sempre a filtrar, e isso não muda nunca, além de que há gostos para quase tudo e ainda bem.

Explica-nos um pouco a origem de Dead Sea Israel como nome para a banda ? Não deixa de ser uma designação curiosa…

O Mar Morto sempre me fascinou. Há uns anos uma amiga foi visitar o Mar Morto e trouxe-me uma t-shirt que dizia “ Dead Sea - Israel”, provavelmente turística. Fez clique e zás..o nome para a banda nasceu! Toda a gente agora nos chama Dead Sea simplesmente, julgo que o Israel vai acabar por cair. O nome das bandas também nunca importou muito certo? (risos)

Dead Sea Israel
«The Perfect Pop Song»
(EP – Slurping Sounds, 2005)

[ 8 / 10 ]

A subjectividade em torno daquilo que pode ser considerado a canção perfeita é um dado adquirido, sendo que por mais discussões que se tenham o gosto pessoal e os sentimentos que a canção transmite a cada individuo acabam por prevalecer e tornar impossível a classificação de uma canção como perfeita. Os Dead Sea Israel ironizam um pouco em torno dessa matéria e abrem este EP precisamente como «The Perfect Pop Song», uma canção no seu mais tradicional formato, melódica, refrão orelhudo e rádio-friendly. «In Through the Sun» abandona o Pop e entra mais pelos trilhos do Rock fazendo de imediato lembrar Pearl Jam, sendo, na minha opinião, o tema que gera mais indiferença no conjunto dos quatro que compõem este EP. «When you walk on by» volta a tirar o pé do acelerador e mergulha numa toada mais intimista, alternativa e claramente mais interessante, revelando-se o ponto alto deste trabalho. «Lo-Fi Love» ronda o tema anterior muito de perto em termos de potencial, apresentando-se mais melancólico, quente e emotivo, no fundo é a canção de amor deste EP. Numa altura em que tanto se fala da nova música portuguesa e se insiste em passar nas rádios doses massivas de Hip Hop e Pop-Rock de qualidade duvidosa, eis uma excelente proposta que urge ser descoberta, pois potencial e sensibilidade em apelar ao ouvinte não faltam a estes Dead Sea Israel.

Monday, April 28, 2008

Saldos III

O 461 Ocean Boulevard do Clapton (9.90€ na Fnac). Embora de 1974, soa bem melhor que 95% dos discos feitos actualmente.

Sunday, April 20, 2008

Socorros a Naufragos Teaser

"E a vocação para seres alguém persegue a tua canção"

Saturday, April 12, 2008

Putos a roubar maçãs

Admito, não tenho nenhum album dos Portugueses Dead Combo. Em comum só um palco partilhado com Tó Trips há uns anos atrás. Ele nos Hi Fi Joe, eu nos Buena.
Hoje vi o Video que vos deixo do ultimo album dos Dead Combo, Lusitãnia Playboys e julgo que foi das melhoras coisinhas feitas em Portugal que estes ouvidos tiveram o prazer de ouvir.
Parabéns Tó Trips, o caminho percorrido valeu a pena.


Putos a roubar maçãs - Dead Combo

Wednesday, April 9, 2008

Cromo

Um dos meus últimos orgulhos é ser um dos 19 (Dezanove) "Friends" dos Heligoland no Myspace.
Para quem não sabe os Heligoland é o veículo a Solo de Tim Friese-Greene, nada mais nada menos que o Produtor e Musico dos Talk Talk , responsável pelas obras primas Colour of Spring , Spirit of Eden ou Laughing Stock.
Parece que Tim Friese-Greene é muito restrito com amizades virtuais.
Vá lá, chamem-me cromo.

Wednesday, April 2, 2008

I´m back.

Sim sim, eu sei eu sei, tenho sido completamente inútil na actualização frequente deste Blog mas Hey, a minha vida não é só isto e Deus me livre um dia de me tornar um Professional Blogger!
As Pataniscas têem-me dado trabalho (novidades para breve) e o Rock n´Roll o mesmo.
A Pré-Produção do "Socorros a Náufragos" (Título quase oficial do primeiro disco do LOBO) tem corrido com muitas horas (as possíveis, sempre) queimadas a pensar em estruturas, tonalidades, pré amplificadores e demais detalhes que, no fundo, fazem toda a diferença believe me.
E agora com licença que vou agora ali jantar com o meu old Buena. bandmate Rui Paulo e depois vamos espremer uma canção ou duas no estúdio.
Pataniscas e Rock n Roll como podem ver, sempre.

PS: Chequem o Blog da Origami, há novidades das giras por lá.

Tuesday, March 18, 2008

Na Mouche III

"My interest is in the future because I am going to spend the rest of my life there" - Charles Kettering